Sentindo-se respeitada, Iziane diz que vai se adaptar à seleção de Colinas

Após de dois anos afastada, ala está de volta à equipe verde-amarela

O treino do Atlanta Dream ainda nem tinha terminado quando as jogadoras começaram a parabenizar Iziane. Do Brasil, havia acabado de chegar a notícia da convocação da ala para a seleção - atualmente comandada pelo espanhol Carlos Colinas -, que vai disputar o Sul-Americano e o Mundial. A jogadora não se surpreendeu, mas contou ter ficado muito feliz. Depois de dois anos longe, ela está de volta e de cabeça aberta para se adaptar à equipe verde-amarela.

- Ainda não conversei com o técnico, mas sabia que a lista estava para sair. No treino, as meninas começaram a aplaudir e fiquei sabendo da convocação. Fiquei muito feliz. Já tinha conversado com a Hortência sobre a minha vontade em voltar. Disse a ela que estaria à disposição. Vou chegar de cabeça aberta para me adaptar à equipe – disse a ala, em entrevista por telefone, dos Estados Unidos.

Em maio de 2008, Iziane se recusou a entrar em quadra durante um jogo pelo Pré-Olímpico Mundial, na Espanha, e foi punida por indisciplina pelo técnico Paulo Bassul. No ano passado, ela foi chamada por Bassul para a disputa da Copa América, em Cuiabá. Apesar da insistência de Hortência, coordenadora da CBB, recusou o chamado. Já com Colinas no comando da seleção, novamente Hortência foi à procura de Iziane.

- Hortência tem 90% de responsabilidade na minha volta. Ela e a nova a direção da CBB mostraram respeito a mim. Eles valorizam tudo o que fiz e o meu potencial como jogadora. Vou me adequar ao sistema do técnico. Afinal, eu é quem vou para a seleção e não o contrário.

Vou chegar de cabeça aberta para me adaptar"

Iziane

Iziane ainda não tem data para se apresentar à seleção brasileira. Segundo ela, sua chegada vai depender dos compromissos na WNBA, que termina dias antes do Mundial - com estreia marcada para 23 de setembro. Porém, já adianta que não vai abrir mão do campeonato americano.

- Eu, como jogadora, não vou deixar de disputar a final da WNBA. Não vou abandonar a minha equipe, deixar as jogadoras na mão. Além disso, dificilmente existirá um acordo de liberação. Aqui não tem essa obrigação. Mas vamos aguardar os playoffs – pediu a brasileira.